quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Empresa rastreia e coleta dados de usuários do mundo todo

Pouco conhecida no mercado, a Acxiom Corporation possui dados de mais de 500 milhões de consumidores

Apesar de atuar nas "sombras" de nomes, como Google e Facebook , a Axciom Corporation é a dona do maior acervo de informações pessoais da internet. É bem capaz da empresa conhecer coisas sobre você, que até sua mãe não sabe.
Informações, tais como: hábitos de consumo, sexo, peso, altura, estado civil, escolaridade, preocupações com a família, planos para férias, filmes que gosta de assistir, locais mais frequentados, livro favorito, etc. Tudo isso está armazenado em um dos mais de 23 mil servidores da empresa localizada em Conway, Arkansas.

A verdadeira Matrix


Reprodução: NY Times

A Acxion atua em um ramo não tão divulgado da informática, o marketing de banco de dados. Ou seja, ela armazena informações sobre consumidores e revende estes dados para outras empresas. Os servidores da Acxion processam em média mais de 50 trilhões de transações de dados por ano.
Com um acervo de mais de 500 milhões de usuários, 175 milhões só no Brasil, os dados armazenados ficam divididos em pelo menos 1.500 categorias.

Segurança e privacidade

Além de contar com algoritmo único para obtenção dos dados, para coletá-los a Acxiom contratou nomes de peso do Google, Microsoft, Amazon e mySpace. Apesar da propaganda direcionada não ser um fator inovador, a Acxion vai além, combinando as informações off-line, online e no celular, somadas a dados coletadas durante 40 anos.
Segundo especialistas, a técnica "visão de 360º", pode dividir os consumidores de acordo com diferentes perfis.

Como ela rastreia?

Em um exemplo, supomos que Fernando entra no Facebook e vê que sua amiga Paula se tornou fã da empresa ComputerSa. O post da amiga sugere que Fernando entre na fanpage do ComputerSa e confira uma impressora.
Parece simples, mas a navegação aciona um sistema que reconhece o tipo de consumidor e suas preferências, para depois o classificar e preparar um anúncio direcionado. Fernando confere a promoção, clica no link, mas não compra. Na manhã seguinte, ao abrir a página de notícias o mesmo anúncio aparece.
Caso Fernando resista e não compre o produto. A noite ele entra na internet, é reconhecido pelo sistema e recebe um desconto de 20% no mesmo anúncio que havia visualizado antes.
O sistema PersonicX da empresa durante a navegação, já classificou Fernando como um consumidor classe média alta, que gosta de ler notícias, dá atenção aos preços e reponde a anúncios com desconto.
Convencido, Fernando finaliza a compra. Pouco tempo depois, ele irá receber mais propagandas sobre cartuchos de tinta, recarga e papel.
Cada consumidor armazenado no PesonicX pode ser classificado em uma das 70 categorias socioeconômicas.

Personalização X Perseguição

A ideia da empresa gera controvérsia. Por um lado, alguns especialistas acreditam que ao oferecer ofertas personalizadas, o consumidor final seria menos importunado com propagandas aleatórias, recebendo apenas aquilo que lhe convém a qualquer momento do dia.
Por outro, os clientes estariam sujeitos a uma vigilância abusiva e manipuladora. Sem contar o sistema de classificação de consumidor, o qual divide as pessoas entre os com valor (e poder aquisitivo) e os de baixo valor, que não poderiam se dar o luxo de receber certos anúncios.

É legal?

Até pouco tempo, empresas como a Acxiom atuavam sem o conhecimento público. Este ano a Comissão Federal de Comércio dos EUA solicitou maior transparência com os dados adquiridos sobre os consumidores, e que caso solicitado, a empresa forneça os dados coletados correspondentes.
No "Catálogo de Produtos" da Acxiom é possível comprar informações sobre casas em que seus habitantes se preocupem com dieta, casos de doenças na família, necessidades da terceira idade, etc. Mas também é possível filtrar as informações por etnia e interesses religiosos, o que torna o marketing ainda mais invasivo ao consumidor.

Posso verificar meus dados coletados?

Para constatar a veracidade das informações coletadas, uma repórter do New York Times solicitou o banco de dados armazenado pela empresa com suas informações pessoais. Após uma série de conflitos com protocolos de segurança, ela conseguiu fazer a solicitação online e teve de enviar $5 por correio para arcar com as despesas.
Após 2 meses de espera, foi lhe entregue apenas uma lista de endereços constando onde ela morou. Dados detalhados sobre viagens, hábitos de lazer e dados financeiros, não foram revelados.
Segundo a representante da Acxiom, Barret Glasgow, "A empresa não tem capacidade de encontrar dados de uma pessoa específica. Pois, não há uma ferramenta de busca pelo nome".
Para o presidente da Comissão de Comércio do EUA, Jon Leibowits, todos os consumidores deveriam ter acesso aos dados coletados e vendidos pela empresa. "Eles não passam de paparazzi digitais que coletam informações, sem ser vistos" completa.
Via: The New York Times e Estadão

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

"Microfoguetes" já podem viajar pelo corpo humano

Dispositivos deverão direcionar medicamentos a pontos específicos do organismo.


Pequenos dispositivos movidos a hidrogênio podem viajar no seu corpo (Fonte da imagem: Reprodução/Gizmodo)
Um dos grandes problemas a serem resolvidos na medicina são os efeitos colaterais provenientes do excesso de medicamento no organismo humano. Isso acontece porque tomamos quantidades bem acima do que realmente precisamos, esperando que a substância se espalhe no corpo e chegue até o local desejado. Contudo, esse empecilho está para ser superado pelos “microfoguetes” desenvolvidos na University of California, nos EUA.
Os pequenos dispositivos utilizam propulsão promovida pela expansão do hidrogênio contido na água. Para isso, uma reação é provocada por um composto de alumínio e gálio que libera as moléculas do gás contidas na água encontrada no corpo humano.
Os dispositivos não devem fazer qualquer mal ao organismo, mas ainda não possuem um sistema eficiente de controle. Contudo, esses microfoguetes poderão direcionar medicamentos para áreas determinadas do nosso corpo no futuro. Fora isso, cada microfoguete pode chegar a uma velocidade máxima de três milímetros por segundo.
Confira neste vídeo como os pequenos foguetes se movimentam.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

De onde surgiu o papel de parede do Windows?


De onde surgiu o papel de parede do Windows?

Imagem mais famosa desde a versão XP é real e tem uma história

Todo mundo que tem um Windows que seja da versão XP ou mais atual conhece esse papel de parede. Um céu azul com algumas nuvens e um morrinho verde, algo que pode lembrar na sua imaginação o verdadeiro paraíso. Até porque as cores são bem saturadas. Mas você já parou para pensar se esse lugar realmente existe?
A resposta é: Sim! Tudo começou em 1996, quando o fotógrafo Charles O'Rear estava dirigindo na Highway 121, que fica entre os condados de Napa e Sonoma, em direção a cidade de Marin. Ele viu essa colina verde e o céu azul. Não pensou duas vezes e tirou uma foto. Em 2000, a Microsoft procurou por uma nova imagem, encontrou essa e a batizou com o nome de Bliss.
E você aí pensando que tudo não passava de montagem ou computação gráfica.
Reprodução/JThai
Via: Famouspictures

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Como a Apple treina funcionários para serem "gênios"


Apple treina funcionários para serem "gênios"

Site norte-americano dissecou o "Genius Training – Student Workbook da Maçã".
Conheça o livro para treinar vendedores da Apple. (Fonte da imagem: Reprodução/Gizmodo)
A equipe do site Gizmodo colocou as mãos no manual de como se tornar um gênio distribuído pela Apple aos seus vendedores. Basicamente, o livreto chamado “Genius Training – Student Workbook” orienta o aspirante como proceder durante uma venda, e, o mais importante, como convencer um cliente a comprar algo fazendo com que ele ache que o vendedor não interferiu na decisão.
A análise do livro de iniciação feita pelo site revela que tanto o vendedor como o cliente devem ser “moldados” mentalmente para fazerem parte da “Cultura da empresa”.
Passando pelos tópicos do manual, você poderia encontrar diversas formas de persuasão ao cliente. Primeiro, mostrando as vantagens do produto, depois ouvindo as reclamações dele sobre o computador ou dispositivo que possui atualmente, e, logo em seguida, mostrar para ele como o mais novo equipamento da marca é melhor.
Quando tudo isso falha, e o preço se torna um empecilho, o futuro gênio é instruído a mostrar que o valor cobrado representa também os softwares que acompanham o produto e, claro, o estilo e status proporcionados. Como o próprio Gizmodo diz, “é um verdadeiro treinamento mental”.
"Nós guiamos cada interação", "Nós enriquecemos a vida deles", entre outras frases destacadas na imagem. (Fonte da imagem: Reprodução/Gizmodo)

Como eles procedem

E quando a reclamação do cliente é sobre um produto vendido pela própria Maçã? O que fazer? Segundo manual dos gênios, o vendedor não deve jamais se desculpar pelo fato de o produto estar estragado ou pelo mau negócio que a pessoa fez.
Em vez disso, o aspirante deve tentar expressar o quão mal ele se sente por a pessoa ter que passar por problemas. Assim, jamais um gênio da Apple Store deve culpar a tecnologia da empresa por qualquer coisa.
No fundo, a alma do livro de treinamento mental da Apple quer que os vendedores tenham mesmo é empatia com os consumidores. Eles devem se tornar algo como os “amigos da onça” do cliente e terminar a relação no momento que o comprovante de compra é liberado no caixa.
Fora isso, tudo o que um vendedor da Apple deve fazer durante a cooptação dos consumidores é achar soluções para as limitações dos produtos que o cliente encontrar. Assim, se você diz que tal Mac não é compatível com determinado software, o gênio vai lhe apresentar um novo software ou ainda um Mac mais caro que satisfaça a sua sede por tal função.
Confira algumas imagens feitas pelo site norte-americano do manual da Apple.